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O grito silencioso da geração Z: como o cristão pode resgatar o futuro

Vivemos em tempos de desordem moral e espiritual. Uma geração confusa, doente e improdutiva ergue bandeiras de orgulho, enquanto se afunda em contradições. Eles marcham em passeatas exigindo privilégios, afrontando a normalidade e tentando impor ao mundo a aceitação de suas distorções.

Uma geração doente, sem rumo, sem direção, que ri, zomba, que aplaude o mau e as injustiças, que proclamam liberdade, mas estão aprisionados. Dependem dos pais porque não conseguem se sustentar e ainda assim, desprezam quem os alimenta e paga por suas fantasias, seus remédios. Os consultórios de psiquiatras e psicólogos estão lotados. O consumo de psicotrópicos, os “tarja preta”, bate recordes de venda. Nunca se falou tanto em “aceitação” e “direito de ser diferente”, mas nunca se viu tanta angústia, vazio e dor.

A vida deles é levada no improviso, no “deixa a vida me levar, vida leva eu”. Deixaram-se levar pela maré da indiferença. Abandonaram o leme da sua própria existência, girando em círculos como piões tontos, suas conversas conduzem nada a lugar nenhum. Essa rotina é a verdadeira morte. Eles vagam por um purgatório de autopiedade, onde o sol da vida jamais brilha, mas convivem com caos emocional e espiritual. Uma geração que rejeita a Deus acaba refém de si mesma: vazia, depressiva, ansiosa, dependente até de estranhos.

E enquanto isso, as passeatas e militâncias gritam “orgulho”, quando na verdade deveriam gritar “socorro”. Pois, sem perceber, caminham em direção ao abismo

A sátira de uma canção antiga ainda ecoa como ironia dos dias atuais: “Eu sou homem com H … E com H sou muito homem…” Antes, cantada com humor; agora, tragicamente, soa como manifesto desesperado de uma geração que precisa reafirmar até o óbvio.

A geração atual está cega, caminhando para o abismo, mas o cristão não pode ser omisso, passivo ou submisso a ideologias que destroem. Nossa missão é agir com amor, firmeza e fé, mostrando que só se colhe o que se planta (Provérbios 22:8), e que o trabalho e a responsabilidade são caminhos para uma vida digna e cheia de sentido. Somente pelo reencontro com Deus e pela prática dos seus princípios poderemos oferecer uma verdadeira solução a este caos moral e espiritual.

O problema é que, no meio dessa confusão, até mesmo alguns “cristãos” se equivocam. Pregam que não devemos rejeitar ninguém e isso é verdade. Mas confundem amar com aceitar o pecado. É preciso lembrar: Jesus andava entre pecadores, mas nunca compactuou com o pecado. Outros, partem para agressão, respondendo mal com mal, distante do verdadeiro comportamento cristão.

Sim, o cristão não pode rejeitar ninguém, nem mesmo os maus, os perversos, os zombadores. Deve perdoar, deve orar, deve amar. Mas amar não é ser capacho. Jesus nos ensinou a dar a outra face, mas Ele próprio, diante de insultos, também confrontou com firmeza: “Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus?” (Mateus 12:34) “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!” (Mateus 23:27)

Portanto, o cristão deve suportar afrontas pessoais com mansidão, mas quando o nome de Cristo é insultado, não pode se calar. A Palavra nos orienta: “Santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações, e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós.” (1 Pedro 3:15)

E o apóstolo Paulo nos adverte: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)

Essa palavra é decisiva. Não se conformar significa não aceitar como normal aquilo que o mundo apresenta como moda ou direito. O cristão não segue o fluxo da multidão, mas anda no caminho estreito. Em vez de absorver as ideias distorcidas que o mundo celebra, somos chamados a transformar a mente, vivendo segundo a vontade de Deus.

O cristão não agride, não odeia, mas também não se rende. Ele defende a fé com amor, mas sem covardia. Importante destacar nesse cenário de esquisitices, “Cristãos” que preferem se calar diante da corrupção, da injustiça e da perversão moral. Alegam “prudência” ou “politicamente correto”, mas na verdade fazem vistas grossas para não perder privilégios, cargos, favores ou status. Essa omissão não é virtude, é covardia espiritual.

A omissão diante da injustiça é vista por Deus como pecado ativo. Não basta “não praticar o mal”; é preciso denunciar e se posicionar contra ele. A fé que se vende por cargos, favores ou silêncio cúmplice não é fé em Cristo, mas negociação com as trevas. Deus não aceita neutralidade diante do mal. “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.” (Mateus 12:30) “Sede fortes e corajosos, não temas, nem vos atemorizeis diante deles; porque o Senhor teu Deus é quem vai contigo; não te deixará, nem te desamparará.” (Deuteronômio 31:6)

Está cada vez mais difícil, mas é necessário, que o Cristão, ORE e interceda pelos jovens e pelas autoridades, que amem, pois, o poder da oração é um recurso que nunca devemos negligenciar. Interceder pela transformação espiritual dos jovens e pela restauração moral da sociedade é um compromisso cristão essencial.

Porque, no fim, não importa quantas vezes o nome de Jesus seja insultado, Ele é o Rei dos reis, Senhor dos senhores, e todo joelho se dobrará diante d’Ele (Filipenses 2:10-11).

Por Naime Márcio Martins Moraes – Advogado e professor Universitário