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Brasil subjugado pelos EUA ou a nova colônia da china?

O Brasil ainda é um país soberano?

Enquanto o debate público é direcionado para os supostos interesses americanos sobre decisões internas do Brasil, inclusive do STF, o real perigo, silencioso e devastador, já está instalado dentro de nossas fronteiras. Não é uma ameaça futura. É presente. Está em nossas terras, em nossas empresas, em nossos dados, em nossos portos, em nossas redes de telecomunicações e até em nossos alimentos. A China e, em menor escala, a Rússia, já avançam sobre os pilares da soberania brasileira.

É isso mesmo, enquanto parte da opinião pública se deixa levar pelo discurso do atual presidente de que o EUA é inimigo do Brasil, estimulando o ódio contra os Estados Unidos, Trump ou declarações polêmicas de parlamentares, o verdadeiro inimigo avança em silêncio, comprando tudo, dominando tudo, controlando tudo.

Não com tanques. Mas com contratos. Não com bombas. Mas com bilhões de dólares. A China e a Rússia já não estão “chegando”. Elas estão aqui. Mandando. E nos calando.

Falo da invasão silenciosa, a China, que nos últimos 15 anos, investiu diretamente mais de US$ 46 bilhões no Brasil, valor oficial, fora os mecanismos indiretos e as participações cruzadas em empresas por meio de estatais. O verdadeiro inimigo Já Está Dentro.

A influência não é abstrata. Ela é territorial, setorial e brutalmente estratégica.

Energia? Eles dominam. A CPFL Energia, uma das maiores distribuidoras do Brasil, está nas mãos da State Grid Corporation, estatal chinesa. A China Three Gorges atua diretamente em hidrelétricas e parques eólicos. Tecnologia e comunicação? Eles controlam. A Huawei comanda a infraestrutura de 5G no Brasil e boa parte da rede de dados crítica já passa por seus equipamentos. Aplicativos como o 99, da chinesa Didi, e várias plataformas de entrega, mobilidade e dados de geolocalização estão sob controle estrangeiro.

Transporte e infraestrutura? Também são deles. Portos, como o de Paranaguá (PR), têm participação de empresas estatais chinesas. A China Communications Construction Company (CCCC) ergue estradas e portos brasileiros com total acesso logístico e informacional. Agronegócio? O coração da nossa economia também foi penetrado. A COFCO opera nos grãos. A LongPing High-Tech e o Citic Group controlam sementes, genética e tecnologia agrícola.

Preste atenção no perigo iminente, visto que o Brasil importa 85% dos fertilizantes que usa, sendo que 23% vêm da Rússia e 14% da China. Se esses dois países fecharem a torneira, a produção de alimentos desaba. Será que já somos reféns?

Que tal, a Energia Solar “Made in China”. Outra dependência que está sendo aclamada como solução limpa e moderna, a energia solar se tornou mais uma armadilha de dependência: Mais de 95% das placas solares instaladas no Brasil são chinesas. O Brasil não fabrica células solares, nem inversores, nem chips de controle. A transição energética verde já nasceu refém de Pequim. E se amanhã a China decidir parar de exportar essas peças? Você pagará mais caro pela luz. Empresas pararão. Cidades terão apagões. E o sonho da energia limpa virará pesadelo geopolítico.

Você sabia que o Brasil não fabrica chips? Que nossas redes hospitalares, industriais e militares dependem de semicondutores e sensores chineses? Então, 90% das peças de celulares vêm da China. A indústria médica, automotiva e até a produção de alimentos depende de tecnologia que não controlamos. Se a China decidir fechar a porta, seja por política ou chantagem, o Brasil entra em coma tecnológico.

Se continuar nesse rítimo, em poucos anos, a China poderá ditar o que podemos ou não plantar, produzir, falar ou defender? Com um clique em Pequim nossas máquinas, nossas redes, nossas escolas, nossos hospitais poderão ser desligados.

Será que a cartilha da liberdade está sendo silenciosamente substituída pela do Partido Comunista Chinês? Será que estamos de joelhos sem perceber… ou estamos, conscientemente, entregando o Brasil? A verdade é que a nossa soberania está sendo vendida em pedaços, como se fosse uma mercadoria qualquer. E, no fim, os culpados ainda são os EUA. Será mesmo?

Quer rezar na cartilha vermelha da China comunista? Nessa cartilha, não há espaço para liberdade, para fé, para opinião, para democracia.

Pare e pense: quem você quer que forme as futuras gerações?

Por Naime Márcio Martins Moraes – Advogado e professor Universitário.