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Derrame: conheça 8 maneiras de reduzir o risco de sofrer um AVC (não importa sua idade)

O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é amplamente prevenível. Ele é frequentemente considerado uma doença de pessoas mais velhas, mas, embora o risco de AVC aumente com a idade, pode acontecer em qualquer momento da vida. Na verdade, a incidência está aumentando entre adultos com menos de 55 anos.

Fatores de risco

Fatores de risco de AVC que tendem a ser mais comuns entre pessoas mais velhas – como pressão alta (hipertensão), colesterol alto, obesidade, diabetes, tabagismo, inatividade física e dieta ruim – são cada vez mais encontrados em pessoas mais jovens. Outros riscos de estilo de vida incluem consumo excessivo de álcool ou bebedeira e drogas recreativas, como anfetaminas, cocaína e heroína.

Alguns fatores de risco não são modificáveis, como idade, sexo, etnia, histórico familiar de derrame, genética e certas condições hereditárias. Mulheres, por exemplo, são particularmente suscetíveis a derrames – e mulheres de todas as idades têm mais probabilidade do que homens de morrer de derrame.

Os riscos de acidente vascular cerebral exclusivos para mulheres incluem gravidez e algumas pílulas anticoncepcionais (especialmente para fumantes), bem como endometriose, falência ovariana prematura (antes dos 40 anos de idade), menopausa precoce (antes dos 45 anos de idade) e estrogênio para mulheres transgênero.

Além disso, anormalidades vasculares hereditárias, como aneurismas cerebrais – uma fraqueza na parede arterial – podem aumentar o risco de acidente vascular cerebral hemorrágico. Alguns fatores de risco são sociais em vez de biológicos, no entanto. Estudos descobriram que pessoas com renda e nível educacional mais baixos correm maior risco de sofrer um derrame. Isso se deve a uma combinação de fatores. Hábitos de estilo de vida pouco saudáveis, como fumar, beber mais e níveis mais baixos de atividade física, são mais comuns em pessoas com rendas mais baixas.

No entanto, pesquisas também mostram que pessoas com menor status socioeconômico têm menos probabilidade de receber cuidados de saúde de boa qualidade do que pessoas com rendas mais altas.

Mas, independentemente dos fatores de risco biológicos ou sociais, há coisas que você pode fazer – agora mesmo – para reduzir o risco de ter um derrame.

Como se proteger?

  1. Pare de fumar: fumantes têm mais que o dobro de probabilidade de sofrer um derrame do que não fumantes. Fumar causa danos às paredes dos vasos sanguíneos, aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, mas reduz os níveis de oxigênio. Fumar também faz com que o sangue fique pegajoso, aumentando ainda mais o risco de coágulos sanguíneos que podem bloquear os vasos sanguíneos e causar um derrame.
  2. Mantenha a pressão arterial sob controle: a pressão alta danifica as paredes dos vasos sanguíneos, tornando-os mais fracos e mais propensos à ruptura ou bloqueio. Também pode causar a formação de coágulos sanguíneos, que podem então viajar para o cérebro e bloquear o fluxo sanguíneo, levando a um derrame. Se você tem mais de 18 anos, verifique sua pressão arterial regularmente para que, se você mostrar sinais de desenvolvimento de pressão alta, você possa cortá-la pela raiz e fazer mudanças apropriadas em seu estilo de vida para ajudar a reduzir seu risco de derrame.
  3. Fique de olho no seu colesterol: de acordo com a UK Stroke Association, o risco de um derrame é quase três vezes e meia maior se você tem colesterol alto e pressão alta. Para diminuir o colesterol, tente manter a gordura saturada – encontrada em carnes gordurosas, manteiga, queijo e laticínios integrais – abaixo de 7% de suas calorias diárias, mantenha-se ativo e mantenha um peso saudável.
  4. Observe seu nível de açúcar no sangue: altos níveis de glicose estão ligados a um risco aumentado de derrame. Isso ocorre porque altos níveis de açúcar no sangue danificam os vasos sanguíneos, o que pode levar a coágulos sanguíneos que viajam para o cérebro. Para reduzir os níveis de glicose no sangue, tente fazer exercícios regularmente, tenha uma dieta balanceada rica em fibras, beba bastante água, mantenha um peso saudável e tente controlar o estresse.
  5. Mantenha um peso saudável: o sobrepeso é um dos principais fatores de risco para derrame. Ele está associado a quase um em cada cinco derrames e aumenta o risco de derrame em 22%. Ser obeso aumenta esse risco em 64%. Carregar muito peso aumenta o risco de pressão alta, doença cardíaca, colesterol alto e diabetes tipo 2, que contribuem para um risco maior de derrame.
  6. Siga uma dieta mediterrânea: uma maneira de ter uma dieta balanceada rica em fibras e manter um peso saudável é seguir uma dieta mediterrânea. Foi demonstrado que isso reduz o risco de derrame, especialmente quando suplementado com nozes e azeite de oliva.
  7. Durma bem: tente dormir de sete a nove horas por dia. Dormir pouco pode levar à pressão alta, um dos fatores de risco modificáveis ​​mais importantes para derrame. Dormir demais, no entanto, também está associado ao aumento do risco de derrame, então tente ficar o mais ativo possível para que você possa dormir o melhor possível.
  8. Mantenha-se fisicamente ativo: é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que as pessoas evitem comportamento sedentário prolongado e busquem pelo menos 150 minutos de atividade de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade de intensidade vigorosa por semana. O exercício deve ser distribuído uniformemente em quatro a cinco dias por semana, ou todos os dias. Faça atividades de fortalecimento, geralmente mais de dois dias por semana.

*Siobhan Mclernon é professora sênior em Enfermagem Adulta e co-líder de Envelhecimento, Condições Agudas e de Longo Prazo. Membro do Health and Well Being Research Center da London South Bank University.

Fonte: O Globo