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Câncer de próstata: especialista explica risco aumentado para idosos

O câncer de próstata continua sendo uma das principais causas de morte entre homens no Brasil, e os dados mais recentes reforçam o alerta: segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, o país registrou 17.587 mortes pela doença em 2024, o equivalente a 48 óbitos por dia. O Inca estima ainda que 75% dos casos atingem homens acima dos 65 anos. Em meio ao Dia Nacional de Combate ao Câncer e ao Novembro Azul, o urologista Paulo Alves, do Hospital da Pessoa Idosa, no Recife, explica por que a idade torna essa população mais vulnerável.

Alves destaca que o avanço da idade é um fator decisivo para o desenvolvimento do câncer de próstata. Segundo ele, alterações hormonais acumuladas ao longo da vida tornam o risco mais evidente a partir dos 50 anos.

Além da idade, entram na lista de fatores de risco o histórico familiar, a etnia, com maior probabilidade entre homens negros e aqueles com ascendência africana, o sedentarismo, a obesidade e uma alimentação rica em gorduras.

Sintomas surgem tardiamente

O médico reforça que a doença pode evoluir de forma silenciosa. Os sintomas costumam aparecer em fases mais avançadas e incluem mudanças no padrão urinário, dor e sangramentos. Ele ressalta que outras doenças benignas podem causar sinais parecidos, o que reforça a importância de acompanhamento médico regular.

Rastreamento precoce aumenta chance de cura

Para o urologista, a prevenção está diretamente ligada ao rastreio. Exames laboratoriais, toque retal e, quando necessário, exames de imagem permitem identificar a doença mais cedo, ampliando as chances de tratamento eficaz.

Segundo Alves, homens acima dos 50 anos devem realizar acompanhamento anual, e aqueles com fatores de risco precisam iniciar o rastreio a partir dos 45 anos.

Fonte: Folha de Pernambuco