
Caminhar virou sinônimo de vida ativa na terceira idade. Mas, por trás da rotina de 10 mil passos, existe um risco silencioso: a perda de força muscular que compromete a autonomia, o equilíbrio e até a longevidade.
Diretrizes internacionais já deixaram claro que a combinação de exercícios aeróbicos com treinos de força é o verdadeiro “elixir” para envelhecer com saúde, reduzindo quedas, fraturas e doenças crônicas.
A ilusão de que só caminhar é suficiente
Caminhar é acessível, barato e traz inúmeros benefícios: melhora a circulação, ajuda no controle da pressão arterial, do colesterol e do diabetes. Por isso, tornou-se a principal recomendação para quem entra na aposentadoria e busca cuidar da saúde.
O problema é que, com o passar dos anos, o corpo sofre uma perda natural de massa muscular, um processo chamado sarcopenia. Sem exercícios de resistência, essa perda se acelera, mesmo em pessoas que caminham diariamente.
Na prática, isso significa que alguém pode cumprir religiosamente sua meta de passos e, ainda assim, estar ficando mais fraco, com maior risco de quedas, dificuldades para subir escadas e perda da independência funcional.
Por que o treino de força é indispensável após os 60
Diferente do que muitos imaginam, treinamento de força não significa levantar cargas extremas. Exercícios com halteres leves, faixas elásticas ou até o peso do próprio corpo já são suficientes para estimular os músculos.
Esse tipo de treino fortalece ossos, articulações e tendões, reduz o risco de osteoporose, melhora o equilíbrio e previne lesões causadas por quedas, uma das principais causas de internações entre idosos.
Além disso, ganhar força impacta diretamente a qualidade de vida: tarefas simples como carregar sacolas, levantar da cadeira ou se locomover em casa ficam mais fáceis, devolvendo autonomia e confiança ao dia a dia.
O que dizem as diretrizes de saúde e como começar
A Organização Mundial da Saúde recomenda que pessoas com mais de 65 anos realizem de 150 a 300 minutos semanais de atividades aeróbicas, como a caminhada rápida, associados a exercícios de fortalecimento muscular ao menos duas vezes por semana.
O ideal é começar de forma progressiva, respeitando limites, histórico de lesões e condições clínicas. A associação entre caminhada, exercícios com faixas elásticas e pequenos pesos já oferece resultados expressivos em poucos meses.
Com orientação profissional, é possível montar um programa seguro e eficaz, que transforma a simples rotina de passos em um plano completo de saúde, capaz de garantir mais vitalidade, equilíbrio e longevidade.
Fonte: NSC Total





