Poucas nações na história carregam cicatrizes tão profundas e, ao mesmo tempo, irradiam uma luz tão intensa de superação como Israel e seu povo, os judeus, descendentes dos patriarcas Abraão, Isaac e Jacó.
Desde seus primórdios, o povo de Israel enfrentou desafios monumentais. Escravizados no Egito por 400 anos, depois vagaram por quarenta anos no deserto sob a liderança de Moisés, em busca da tão sonhada terra prometida, um lugar onde pudessem viver em paz, livres da tirania e da idolatria.
Mas a liberdade não significou o fim das provações. Resumidamente, ao longo dos séculos, os judeus foram expulsos, perseguidos, massacrados. No ano 70 d.C., os romanos destruíram o Templo de Jerusalém, expulsaram e escravizaram muitos judeus, marcando um ponto de virada histórico na vida do povo judeu e na história da cidade. Os Templários e a “Santa Inquisição”, os perseguiu e os condenava não só por sua fé, mas por sua própria existência. Muitos foram torturados, forçados a renunciar suas crenças e a mudar seus nomes para escapar da morte.
No século XX, a escuridão atingiu seu ápice com o Holocausto. Sob o regime nazista de Adolf Hitler, seis milhões de judeus foram brutalmente assassinados em campos de concentração, um capítulo sombrio que marcou para sempre a história da humanidade. Mas, mesmo diante de tanta devastação, o povo judeu não desapareceu. Pelo contrário: renasceu, forte e determinado, como um leão ferido que se recusa a morrer.
Em 1948, Israel ressurgiu como nação soberana. Em uma terra árida e inóspita, sem petróleo ou grandes recursos naturais, o país floresceu graças à coragem, à tecnologia e à determinação de seu povo. O deserto deu lugar a campos verdes irrigados por sistemas inovadores, admirados em todo o mundo.
Segundo os relatos da Torá judaica, da Bíblia cristã e do Alcorão islâmico, as origens dessas rivalidades remontam ao patriarca Abraão. De sua união com Hagar nasceu Ismael, considerado o ancestral dos povos árabes. De sua esposa Sara nasceu Isaac, pai de Jacó que depois recebeu o nome de Israel de quem descende o povo judeu. A separação desses dois ramos da mesma família deu origem a linhagens distintas, que ao longo da história se encontraram muitas vezes em conflito.
O território em que Israel está situado é profundamente simbólico e reverenciado. Trata-se de uma terra sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos. Para os judeus, é o local da antiga promessa divina, da construção do Templo de Salomão e da presença histórica do povo hebreu. Para os cristãos, é o palco da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Para os muçulmanos, é onde o profeta Maomé, segundo a tradição islâmica, ascendeu aos céus, local hoje marcado pela mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém.
Hoje, Israel é muito mais que uma história de luta. É uma vibrante democracia, um polo global de inovação em medicina, segurança cibernética e agricultura de alta tecnologia. Com 22 prêmios Nobel, o país é um exemplo de criatividade e resiliência.
Além disso, Israel é um símbolo de pluralidade e respeito. Embora seja uma nação de forte identidade judaica, é um Estado laico que valoriza a liberdade religiosa, os direitos das mulheres e da comunidade LGBTQI+, que realiza em Tel Aviv uma das maiores paradas do orgulho gay do mundo, um contraste marcante com seus vizinhos.
Mesmo enfrentando ameaças, boicotes e ataques terroristas, Israel permanece firme, uma nação que desafia as adversidades e continua a contribuir para o avanço da humanidade.
Será que Israel é realmente o povo escolhido por Deus? Como interpretar sua história marcada por lutas, sobrevivência e esperança? E no cenário internacional, suas ações seriam ataques motivados pelo prazer da violência ou uma legítima defesa? Qual é, afinal, o verdadeiro propósito das guerras envolvendo Israel? Essas perguntas nos convidam a refletir profundamente sobre um tema complexo e cheio de nuances. E você, o que pensa sobre isso?
A Bíblia incentiva e ordena a oração por Israel. Salmos 122:6 (Almeida Revista e Atualizada) “Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam.”
