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Profissionais e produtores do agro debatem as tendências do setor

O presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de Mato Grosso (FEAGRO-MT), Isan Rezende foi o moderador do painel de abertura da DATAGRO Abertura de Safra Soja, Milho e Algodão, que acontece no Gran Odara, em Cuiabá. Rezende comandou a mesa sobre o tema “Tendências de Produção, Consumo, Preços e Comercialização da Soja, Milho e Algodão”, que tiveram como convidados o economista e líder de pesquisa grãos, Flávio França Júnior e o diretor de relações internacionais da Abrapa, Brasília, Marcelo Duarte.

O evento “DATAGRO Abertura de Safra Soja, Milho e Algodão” é uma iniciativa que oferece oportunidades de networking e palestra que subsidiam o planejamento dos setores de grãos e fibras para o próximo ano. Realizado na capital do estado, reúne centenas de representantes da cadeia produtiva e comercial, envolvendo produtores, cooperativas, indústria, bancos e empresas de insumos em uma programação que oferece conteúdos informativos cruciais para a formulação das estratégias de produção e comercialização e que permitem tomadas de decisão mais assertivas para cada setor do agro visando a safra do próximo ano.

Segundo Isan Rezende, a “DATAGRO Abertura de Safra Soja, Milho e Algodão é sinônimo de credibilidade. Ao fomentar o debate das tendências de produção, consumo, preços e comercialização, no início da abertura da safra de soja, milho e algodão, aos produtores rurais, aos profissionais do agro, e, a todos os agentes da cadeia produtiva do agronegócio brasileiro, revela o seu compromisso com o setor ao proporcionar informações e orientações técnicas de enorme valor.

Ainda segundo Isan Rezende, para a cadeia produtiva do agro, ter acesso à dados confiáveis e análises aprofundadas de cenários que se projetam no mercado de commodities agrícolas mundiais como os compartilhados durante a DATAGRO abertura de safra 2024 é a chave que garante o sucesso da participação dos produtores brasileiros no competitivo mundo do agronegócio global.

Durante o painel mediado por Rezende, o engenheiro Flávio França apresentou os números estimativos para a safra 2024/2025 no Brasil com base nos informes do USDA, sigla em inglês do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A safra brasileira de soja é projetada em 169 milhões de toneladas, um volume 10% superior à de 23/24, e mais de 40 milhões de toneladas acima da safra americana que está estimada para alcançar 124 milhões de toneladas. A revisão consolida de vez a liderança brasileira na produção da leguminosa.

No Brasil, a próxima safra de milho está prevista em 127 milhões de toneladas na temporada 24/25, com avanço de 4%. Nos Estados Unidos, a estimativa para 24/25 de produção do grão é de 384,7 milhões de toneladas, mantendo a mesma produtividade da safra 23/24 naquele país que é onosso principal concorrente nos mercados mundiais.

Alguns cenários apresentados durante o painel revelaram algumas tendências que exigirão mais habilidade nas negociações de comercialização e atenção no planejamento da safra vindoura. Segundo Flávio Roberto de França Junior, alguns aspectos merecem destaque e especial acompanhamento por parte da cadeia produtiva do agro nacional, tais como: os estoques elevados de soja para 23/24 e 24/25 limitam o preço na CBOT; com área maior e clima regular, a produção de soja nos EUA deverá avançar bem este ano; as lavouras nos EUA apresentam boa evolução, caminhando para rendimentos recordes; CBOT tende a recuar este ano na soja ficando abaixo damédia; a taxa de câmbio segue subindo este ano; área de soja 25/26 deve crescer no Brasil apesar da margem de renda não estar à altura das expectativas; o fenômeno El Niño Oscilação-Sul (ENSO) – Oceano Pacífico registra resfriamento nas últimas semanas e pode influenciar a produtividade; os estoques mundiais de soja devem avançar bem na safra 24/25; o cenários de preços menores em 2024, seguir conservador para 2025; os estoques mundiais de milho também subirão com a safra 23/24 e 24/25; o milho recua na CBOT em 24, bem abaixo da média; os estoques do milho no Brasil podem cair pelo quinto ano consecutivo.

Planejamento Previdenciário

O presidente do Conselho Estadual de Defesa de Direitos da Pessoa Idosa (Cededipi-MT), Isandir Rezende, também prestigiou a DATAGRO. Conforme o presidente do Cededipi-MT, o agronegócio é fundamental para economia de Mato Grosso e do Brasil e os seus operadores, como os produtores e demais profissionais da cadeia produtiva, precisam pensar no futuro e realizar um bom planejamento previdenciário. “O planejamento previdenciário rural busca trazer segurança e minimizar erros para os produtores e trabalhadores do setor. Assim como o trabalhador e o empresário urbano, eles também têm direitos previdenciários, porém, com características e burocracias específicas. Nosso propósito com estes contatos é nos aproximarmos desse segmento e auxiliar no processo de conscientização sobre a importância de se planejar a aposentadoria para quando chegar este momento, não incorrerem em erros que possam lhes trazer prejuízos ou retardar o acesso aos seus direitos”, argumentou Isandir Rezende.