
Uma pesquisa da Silverguard e do Instituto Opinion Box indica que 4 em cada 10 pessoas acima de 60 anos já sofreram algum golpe financeiro, e quase metade enfrentou ao menos uma tentativa recente.
Nas últimas semanas, golpistas têm usado o nome da Serasa para atingir consumidores, sobretudo idosos, durante o Feirão Limpa Nome, que foi prorrogado pela instituição até o dia 19 de dezembro.
O aumento das negociações no Feirão Limpa Nome tem sido acompanhado por maior circulação de golpes que imitam a identidade visual e a linguagem de empresas conhecidas.
Entre os idosos que já foram vítimas, 40% relatam ter caído em mais de um golpe, e 80% perderam dinheiro. Em mais da metade dos casos, o prejuízo superou R$ 1 mil.
Relexos dos golpes
Os impactos não se restringem às perdas financeiras. Segundo o levantamento, quase um terço das vítimas relatou frustração, seguida por sentimentos de raiva, medo e vergonha.
Há também reflexos na saúde, como ansiedade e insônia. Mesmo quem não perdeu dinheiro alterou comportamentos: 57% deixaram de cadastrar cartões em sites pouco conhecidos, e 49% passaram a evitar links, mesmo enviados por familiares.
Levantamento da Silverguard mostra que golpes usando o nome da Serasa seguem um padrão. Os criminosos atuam sobretudo por e-mail (45%), WhatsApp (21%), anúncios em sites e aplicativos, redes sociais, buscadores e SMS.
As abordagens incluem supostos “descontos exclusivos”, urgência para fechamento do acordo e envio de links que levam a páginas falsas.
Nessas interações, dados pessoais são solicitados e boletos adulterados ou chaves Pix falsas são enviados. Após o pagamento, o contato é interrompido, e a dívida permanece ativa.
Demanda suscita golpes
Para Marcia Netto, fundadora e CEO da Silverguard, os criminosos se aproveitam do período de maior demanda. “Eles copiam a linguagem da Serasa e usam a urgência como persuasão, sabendo que muitos consumidores estão buscando acordos”, afirma.
A Serasa reforça que negociações oficiais acontecem somente pelos seguintes canais: site (serasa.com.br), WhatsApp (11 99575-2096) e aplicativos disponíveis na Google Play e Apple Store.
“Nunca solicitamos depósitos para contas de pessoas físicas ou taxas antecipadas”, afirma Patrícia Camillo, gerente da instituição. Ela orienta que links suspeitos sejam ignorados e que nenhum dado seja compartilhado sem checagem prévia.
SOS Golpe
A empresa também mantém a Central Serasa no SOS Golpe, operada com a Silverguard. A ferramenta permite registrar denúncias de forma completa e imediata, acionando o banco recebedor para tentar o bloqueio preventivo dos valores.
Pessoas com mais de 60 anos têm atendimento prioritário. “Não garantimos a devolução do dinheiro, mas aumentamos as chances de recuperação com um dossiê qualificado, além de oferecer uma jornada mais acolhedora às vítimas”, explica Márcia Netto.
A orientação é que tentativas de golpe sejam denunciadas no serasa.com.br/contra-fraudes. Nos casos em que houve perda financeira, o canal central.sosgolpe.com.br/serasa permite relatar o caso, anexar evidências e acompanhar o andamento pelo WhatsApp.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Opinion Box entre 7 e 13 de novembro de 2025, com mais de mil entrevistas online com pessoas acima de 60 anos em todo o país, e margem de erro de 3,1 pontos percentuais.
Fonte: Realtime1





