Nesta terça-feira (10), Cuiabá deu o pontapé inicial na 5ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, evento com a proposta de discutir políticas públicas voltadas à população idosa da capital mato-grossense. Com o tema “Envelhecimento Multicultural e Democracia: Urgência por Equidade, Direitos e Participação”, o encontro contou com a presença de diversas autoridades, representantes da sociedade civil, do poder público e entidades dedicadas à defesa dos direitos da pessoa idosa.
De acordo com o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa de Mato Grosso (CEDEDIPI-MT), Isandir Rezende, a participação social na formulação de políticas públicas inclusivas e colaborativas é fundamental para assegurar uma sociedade mais justa e igualitária para as pessoas idosas. “Fazer política pública social é uma organização da sociedade civil com o Estado. Estamos aqui para colaborar, contribuir e juntos potencializar ações que promovam o envelhecimento digno e respeitoso. Esse esforço conjunto permite a implementação de políticas que realmente atendem às necessidades da população idosa, considerando suas especificidades e desejos”, ressaltou Rezende.
Isandir Rezende destacou ainda uma conquista significativa para a entidade e para as pessoas idosas de Mato Grosso: a criação do Fundo Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa. “Hoje, contamos com um fundo específico, uma vitória que nos proporciona maior autonomia e esperança de que nossas demandas serão ouvidas e atendidas de forma efetiva”, afirmou, reforçando o compromisso de que recursos dedicados podem garantir uma maior capacidade de ação para a efetivação de políticas públicas inclusivas e de suporte às pessoas idosas.
Rezende finalizou ressaltando que a construção de uma cultura de inclusão passa pelo envolvimento ativo de toda a sociedade. “Só com a participação de todos podemos avançar na garantia de direitos, na eliminação de estigmas e na promoção de uma sociedade realmente inclusiva, em que o envelhecimento seja visto como uma fase de continuidade, dignidade e respeito”.
Durante a cerimônia, diversas lideranças também expressaram suas expectativas sobre o impacto do evento. Jerônimo Urei, vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Cuiabá (COMDIPI), manifestou esperança de que as propostas geradas sejam efetivamente implementadas. “Ficamos esperançosos de que, com essa gestão liderada pelo prefeito Abílio, pela secretária Hélida Vilela e a primeira-dama Samantha, possamos avançar na inclusão e no respeito à pessoa idosa no município. A sensibilização dos servidores e a valorização dessa faixa etária são passos essenciais para uma mudança real”, afirmou.
Na oportunidade, a secretária de Assistência Social de Cuiabá, Hélida Vilela de Oliveira, destacou a importância de ouvir os próprios idosos na elaboração de políticas públicas. “Esse espaço é uma oportunidade para que as próprias pessoas idosas possam participar ativamente das decisões que afetam suas vidas”. A gestora também anunciou planos de reestruturação dos Centros de Convivência para Idosos (CCI) e a previsão de novos investimentos, incluindo a construção de uma nova Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI).
O presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDPI), Raphael Castelo Branco, também marcou presença, ressaltando a necessidade de avanços legislativos e de políticas mais concretas que garantam a efetividade dos direitos. “Com o envelhecimento acelerado da sociedade, é fundamental que o país se prepare para essa nova realidade. O cenário desta conferência é propício para reflexões e ações concretas nesse sentido”, afirmou.
O evento, realizado nas Faculdades Evangélicas Integradas Cantares de Salomão (FEICS), na Avenida do CPA, segue até esta quarta-feira (11), e inclui debates sobre cinco eixos temáticos:
1. Financiamento das políticas públicas para ampliação e garantia dos direitos sociais;
2. Fortalecimento de políticas de proteção à vida, saúde e cuidado integral;
3. Proteção contra violência, abandono social e familiar;
4. Participação social, protagonismo e vida comunitária;
5. Consolidação e fortalecimento das ações dos Conselhos de Direitos da Pessoa Idosa.
