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Enquanto espera por perícia, beneficiária tem direito de continuar recebendo auxílio-doença, afirma advogado

De acordo com as informações da Previdência Social, a fila de espera do INSS de pessoas que aguardam por atendimento, já ultrapassa a marca de dois bilhões. Trata-se de segurado que aguarda por uma análise do pedido de benefício ou perícia médica. O acúmulo do atendimento se agrava ainda mais com a greve do INSS, iniciada em março deste ano, por tempo indeterminado, com adesão dos servidores e médicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Mas, e no dia a dia dos segurados, a greve pode causar quais prejuízos? Bom, isso dependente de cada caso.

Para a dona Ângela Marques moradora do município de Várzea Grande a greve do INSS atrasou o atendimento da perícia médica. Com isso, o seu benefício, auxílio-doença, única fonte de renda, foi interrompido após a data da perícia que deveria acontecer em abril, ter sido reagendada para o dia 5 de agosto deste ano.

Ela entrou em contato com o Sindapi (Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos de Mato Grosso), o advogado Isandir Rezende esteve na casa de dona Ângela.

Confira no vídeo.

Dona Ângela Marques moradora do bairro Jardim Glória 2 teve o diagnóstico para dois tipos de câncer e ainda está tratamento.

Em se tratando específico, do caso de Dona Ângela o setor jurídico do Sindapi esclarece que a cliente compareceu na data e hora designada pelo INSS, e o fato de o médico perito não estar em atendimento, o INSS de maneira falha e abusiva jamais poderia permitir a suspensão do pagamento do benefício do auxílio-doença.

Com isso, será ingressado com Mandado de Segurança (MS), requerendo em juízo que o INSS reverta a situação do benefício suspenso até que a perícia médica seja realizada.

O setor jurídico do Sindapi ainda orienta que em caso de a perícia médica não acontecer na data previamente agendada, fica ao funcionário ( do atendimento do INSS) obrigado a emitir documento certificando a não realização da perícia.

Se orienta ainda, pegar o nome do funcionário, caso não consiga um documento comprovando que o segurado esteve presente no dia e horário do agendamento.

Sobre a greve do INSS

A greve do INSS iniciada em março desse ano, por tempo indeterminado, teve a adesão dos servidores e médicos peritos que reivindicam o reajuste salarial de 19,9%, para repor as perdas inflacionárias desde 2019, além de fixar 12 atendimentos presenciais por dia, a distribuição de agendamentos entre os profissionais dos turnos da manhã e tarde, de forma igualitária, com direito a feriados e recessos e o fim do espaço na agenda.