
Entre o final de 2012 e 2024, a população brasileira com 60 anos ou mais cresceu 55%, ultrapassando 35 milhões de pessoas. Um levantamento da pesquisadora Janaína Feijó, do FGV IBRE, mostra que esse grupo também tem ampliado sua atuação no mercado de trabalho: o número de idosos ocupados subiu quase 69% no período, chegando a 8,6 milhões.
O estudo evidencia que a “geração prateada” vem quebrando estereótipos ao buscar autonomia e relevância econômica. No entanto, a baixa escolaridade ainda limita o acesso a vagas formais e melhor remuneradas — a informalidade atinge 53,8% dos trabalhadores 60+.
A decisão de se manter no mercado de trabalho também é alimentada pela necessidade de arcar com seus custos de vida. André Braz, superintendente de Índices de Preços do FGV IBRE, explica que a composição na cesta de consumo desse grupo tende a ganhar peso itens como plano de saúde, medicamentos, produtos hortifrutigranjeiros, que podem representar uma pressão de preços diferente da observada nas demais faixas etárias. “Do período da pandemia para cá, por exemplo, identificamos uma inflação ligeiramente maior na cesta desse grupo em comparação ao agregado da economia”, afirma.
Fonte: FGV