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Nem força, nem pilates: este é o melhor exercício depois dos 50 para viver mais, segundo o maior especialista em longevidade do mundo

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O sedentarismo é um dos maiores problemas que a sociedade enfrenta atualmente. De fato, a OMS tem se empenhado em prevenir esse hábito entre a população e estabeleceu diversas metas para combatê-lo. Segundo a instituição, “a inatividade física e os hábitos sedentários contribuem para o aumento das DCNTs e sobrecarregam os sistemas de saúde”.

Com esse objetivo, a OMS desenvolveu o Plano de Ação Global sobre Atividade Física, que apresenta recomendações de políticas para incentivar a prática regular de exercícios e, assim, reduzir em 15% a prevalência de inatividade física até 2030.

Em última análise, saúde e bem-estar têm impacto direto na longevidade. Esse é um tema que Dan Buettner, pesquisador especialista na área, conhece profundamente. Ele passou mais de 20 anos estudando os hábitos das chamadas Zonas Azuis — regiões do mundo onde se concentra a maior proporção de centenários.

Mas o que esse especialista tem a dizer sobre atividade física? 

Em um de seus vídeos no Instagram, ele explica: “Quero falar com vocês sobre exercícios. Nos venderam a ideia de que fazer ioga, pilates, crossfit ou frequentar a academia é a chave para um corpo saudável. Mas, nas Zonas Azuis, onde a expectativa de vida é dez anos maior do que no restante do mundo, as pessoas nunca vão à academia”, afirma Buettner.

“O que elas realmente fazem? Apenas caminham. Provavelmente caminham cerca de duas horas por dia, distribuídas em diferentes momentos. Esse parece ser o exercício anti-inflamatório que sustenta o corpo até os 50 e mesmo depois dos 100 anos”, acrescenta. “O melhor exercício para a longevidade é caminhar”, conclui.

Podemos concordar 100% com ele? Para sermos justos, é importante lembrar que há muitas pesquisas mostrando que o treinamento de força também é fundamental para a saúde.

Em primeiro lugar, ele é essencial para manter e aumentar a massa muscular, já que, com o envelhecimento, ocorre uma perda natural de músculos em ritmo acelerado. Como explicam diversos estudos científicos: “A perda de força em adultos e idosos deve-se, em grande parte, à diminuição da massa muscular por fatores como inatividade, doenças recorrentes e maus hábitos alimentares.”

Outros benefícios do treinamento de força para a saúde incluem:

  • Prevenção do diabetes
  • Controle glicêmico em pessoas com diabetes
  • Melhora da força muscular e da densidade óssea
  • Prevenção da osteoporose em idosos
  • Redução do risco de câncer de cólon
  • Aumento da resistência cardiovascular em pacientes cardíacos e idosos

Portanto, a conclusão mais equilibrada é que a combinação dos dois tipos de exercícios — caminhadas e musculação — é essencial para manter a saúde. Somado a isso, cultivar hábitos saudáveis, como ter uma boa alimentação, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, é o caminho para viver mais e melhor.

Fonte: Portal MinhaVida