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A vitamina que pode retardar o envelhecimento e proteger o coração, segundo pesquisa

Vitamina D pode retardar o envelhecimento, revela pesquisaVitamina D pode retardar o envelhecimento, revela pesquisaFoto: Pixabay/ND

Um novo estudo revelou que a vitamina D pode garantir uma velhice mais saudável ao preservar os telômeros, estruturas microscópicas que protegem o DNA e retardam o processo natural de envelhecimento das células.

A pesquisa, conduzida pela Universidade de Augusta, nos Estados Unidos, acompanhou mais de mil pessoas por cinco anos. Metade dos voluntários tomou 2.000 unidades internacionais (UI) de vitamina D por dia, enquanto a outra metade recebeu placebo.

o resultado: quem tomou vitamina D preservou cerca de 140 pares de bases dos telômeros. Um efeito relevante, já que, em dez anos, eles costumam encurtar cerca de 460 pares.

Segundo os cientistas, telômeros mais longos estão ligados a menor risco de doenças cardíacas, câncer e osteoartrite. Isso porque quando eles encurtam demais, as células deixam de se dividir, acelerando o envelhecimento do corpo.

O que explica esse efeito

Os pesquisadores acreditam que a ação anti-inflamatória da vitamina D seja a chave. A inflamação crônica — resultado de estresse, má alimentação, tabagismo e doenças metabólicas — é uma das principais causas de desgaste dos telômeros. Ao reduzir esse processo, a vitamina ajudaria a proteger o material genético das células.

Além disso, a vitamina D é essencial para a absorção de cálcio e a saúde óssea, mas também desempenha papel importante no sistema imunológico.

Há ainda indícios de que a substância contribui para reduzir o risco de doenças autoimunes, como lúpus e esclerose múltipla, mas esses resultados ainda precisam de confirmação em estudos maiores.

A dose ideal e os riscos de vitamina D em excesso

Apesar dos resultados promissores, o estudo levanta uma questão: qual é a quantidade ideal de vitamina D para obter benefícios sem causar danos? A dose testada, 2.000 UI por dia, é mais de duas vezes superior à recomendação atual para adultos de até 70 anos (600 UI) e idosos (800 UI).

Especialistas lembram que o excesso também pode ser perigoso, levando ao acúmulo de cálcio no sangue e a problemas renais. Por isso, antes de iniciar a suplementação, é essencial medir os níveis da vitamina por meio de exames laboratoriais. A orientação médica é indispensável.

Há ainda um ponto em debate entre os cientistas: telômeros muito longos nem sempre significam boa saúde. Algumas pesquisas indicam que, em certos casos, isso pode até aumentar o risco de câncer. Dessa forma, o ideal seria manter um equilíbrio, e não simplesmente alongar essas estruturas ao máximo.

Segundo os pesquisadores, os resultados somam-se a outros estudos que apontam um elo entre vitamina D e envelhecimento saudável. Ainda assim, os cientistas reforçam que a vitamina D sozinha não é uma “fonte da juventude”.

Os pilares mais sólidos para envelhecer bem continuam sendo os mesmos: alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, sono de qualidade e controle do estresse. Esses fatores, além de proteger o coração, ajudam naturalmente a retardar o desgaste celular.

Como aplicar no dia a dia?

Para manter bons níveis de vitamina D, o ideal é combinar exposição solar moderada, cerca de 15 a 20 minutos por dia, a uma alimentação que inclua peixes gordos (como salmão e sardinha), gema de ovo e alimentos fortificados.

Em casos de deficiência diagnosticada, o médico pode indicar suplementação ajustada às necessidades individuais.

Fonte: ND+